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Visita ao Projac

Lembrei-me de uma história curiosa que talvez alguns ou mesmo todos de vocês já conhecem, desculpem-me aqueles a quem posso ser repetitiva.

Eu costumava usar uma colônia amarela do Snoopy para ir às minhas aulas de violão, aos treze anos de idade. Não é ocioso pensar que o cheiro muito me infundia boas lembranças, já que foi nessa situação que fiquei apaixonada pela primeira vez - por um professor, logicamente. Pois bem: para ir à escola de música, tinha que seguir à esquerda logo que descesse do meu prédio. Muitos anos se passaram sem que eu passasse a colônia. Quando a usei novamente, foi para ir à escola, cujo caminho previa que eu seguisse à direita assim que eu saísse do portão. Mas o cheiro daquelas lembranças forma tão fortes que só depois de já ter feito meio caminho em direção oposta, fui me dar conta do engano.

***

Hoje em dia é outra coisa que me faz voltar no tempo com a velocidade de um raio: os toques de celulares especializados para determinadas pessoas. Ontem, quando chegava ao trabalho, ouvi o toque que costumava tilintar quando ainda recebia chamadas do Examigo. Lembrei-me de que, mesmo que eu trocasse o número dele na agenda do celular, o aparelhinho reconhecia a nossa amizade e mantinha o toque de quaquaraquaquá tão querido.

Logo depois, ouvi o tango clássico que eu destinava às pessoas-paixão do momento. A musiquinha zumbizada me remeteu a um desses queridos, o qual trabalha comigo atualmente e não me desperta o mínimo tesão (não é o Tiozão!). Aliás, uma das poucas vezes que tal toque por esse remetente me fez palpitar de ansiedade foi seguido por uma estranha decepção: a vozinha feminina de sua namorada me pedia algum favor.

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Mas, que estranho. Foi mesmo o telefone que me acordou algumas horas depois que consegui chegar à concentração necessária para conseguir dormir sem alguns litros de vinho no cérebro. O grilo monotônico não me deixava saber de antemão quem estaria ligando, já que esse serve para todo e qualquer reles mortal que telefone, até mesmo quando é engano.

Para minha grande surpresa fui compreender, momentos depois, que se tratava do Examigo. Acho que as conexões eletrônicas do aparelho compreenderam que o quaquaraquaquá não mais se adaptava àquela nova relação, e repetiu as notas esquisitas destinadas aos Joões Ninguém.

A conversa foi estranha, o telefone passava de mão em mão e várias vozes, masculinas, femininas e afeminadas gritavam, competindo com o som do boteco: "você já é popular por aqui!", "quando vai aparecer?", queremos te conhecer!"...

Depois de quatro minutos, bastantes para me fazer fumar quase um cigarro e perder novamente o sono, o telefonema se esgotou. Nas últimas tragadas que me sobraram, refleti em que fato poderia ter levado o Examigo a pedir encarecidamente para aquelas pessoas tão felizes para conversarem com uma menina carente e alcóolatra, com vistas a fazê-la se sentir importante, nem que por quatro minutos. Ele mesmo não se importaria, não fosse as cachaças já plenamente degustadas naquela noite.

Não cheguei a nenhuma conclusão, exceto a de que, por mais estranha que tenha sido a intenção do Examigo, era eu quem ainda mantinha o celular ligado durante toda a noite.

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E existem coisas que nasceram para infundir lembranças mas falharam categoricamente. O excesso de objetos deixados em minha casa pelo Examor não me remetem à nenhuma ternura, a não ser, talvez, a agonia de saber que um dia terei que devolver caixa térmica tão útil. Nesses dias estranhos, sinto que não sinto falta de ninguém. Talvez a única coisa que ainda me apoquente vez ou outra seja a falta de sexo. Dessa vez, tenho que discordar de tão renomada cantora e dizer que "Dedos" não completam a obra inteira de uma mulher. Mas, por mais que a Malamada tenha deixado uma vaguinha no universo para que outra pessoa pudesse ter a vez de sexuar, sinto que o Tarado sentiu o cheiro do cantinho arreganhado no bucho do céu e, com os molares da frente, agarrou a oportunidade, incumbindo-se da missão. Ele merece!

***

Ao contrário de vocês, homens, eu sou uma mulher. E cada vez mais sinto que me alimento com características alheias, ao afirmar que estou me tornando uma tarada-malamada-filósofa-que-ainda!!!-não-sabe-o-que-continuar-fazendo-em-Vitória.

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Aviso aos navegantes: um concurso de frases da Tv Gazeta vai me levar para conhecer o Projac. Que divertido!

todos vocês (meus amigos) tem me comovido de alguma forma atualmente. é a lua, é a época do ano, é a minha lua... sei lá. o tarô já tinha dito que estava acontecendo e depois de ler isso hj tive mais certeza.

sei lá (de novo). isso nem foi um comentário. foi um pensamento alto e sozinho - estou surtando...

ah, e boa sorte com a coisa do projac!

Fodaça essa visita ao Projac!

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