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quinta-feira, agosto 31, 2006

Contextualização Técnica

(ou Resumo do Resumo)

O desenvolvimento de novas tecnologias de computação móvel e o crescente emprego de dispositivos portáteis têm tornado a computação cada vez mais presente na realização de diversas atividades humanas, favorecendo o surgimento de um novo paradigma computacional: a Computação Ubíqua. Dentre as classes de aplicações existentes nesse novo cenário, destacam-se as aplicações móveis sensíveis ao contexto, que se beneficiam do uso de informações contextuais para aprimorar a interação com seus usuários ao proverem suporte à adaptação em virtude das mudanças ocorridas no contexto em que estão inseridas.


Contextualização Antropológica
"Na sociedade pós-moderna, fundamental haverá de ser o contexto cultural em que as relações humanas estão inseridas. Este, por sua vez, é o contexto simbólico do contexto social e subverte a sintática do imaginário coletivo, dos tabus, dos padrões comportamentais generalizados, dos estereótipos, e das crenças e rituais que caracterizam os principais aspectos de uma cultura."
(Marcus Haas)


O que acharam da frase para a epígrafe da minha dissertação?
(Por favor, mandem quantas sugestões puderem... inclusive novas frases!)

quarta-feira, agosto 30, 2006

Visita ao Projac

Lembrei-me de uma história curiosa que talvez alguns ou mesmo todos de vocês já conhecem, desculpem-me aqueles a quem posso ser repetitiva.

Eu costumava usar uma colônia amarela do Snoopy para ir às minhas aulas de violão, aos treze anos de idade. Não é ocioso pensar que o cheiro muito me infundia boas lembranças, já que foi nessa situação que fiquei apaixonada pela primeira vez - por um professor, logicamente. Pois bem: para ir à escola de música, tinha que seguir à esquerda logo que descesse do meu prédio. Muitos anos se passaram sem que eu passasse a colônia. Quando a usei novamente, foi para ir à escola, cujo caminho previa que eu seguisse à direita assim que eu saísse do portão. Mas o cheiro daquelas lembranças forma tão fortes que só depois de já ter feito meio caminho em direção oposta, fui me dar conta do engano.

***

Hoje em dia é outra coisa que me faz voltar no tempo com a velocidade de um raio: os toques de celulares especializados para determinadas pessoas. Ontem, quando chegava ao trabalho, ouvi o toque que costumava tilintar quando ainda recebia chamadas do Examigo. Lembrei-me de que, mesmo que eu trocasse o número dele na agenda do celular, o aparelhinho reconhecia a nossa amizade e mantinha o toque de quaquaraquaquá tão querido.

Logo depois, ouvi o tango clássico que eu destinava às pessoas-paixão do momento. A musiquinha zumbizada me remeteu a um desses queridos, o qual trabalha comigo atualmente e não me desperta o mínimo tesão (não é o Tiozão!). Aliás, uma das poucas vezes que tal toque por esse remetente me fez palpitar de ansiedade foi seguido por uma estranha decepção: a vozinha feminina de sua namorada me pedia algum favor.

***

Mas, que estranho. Foi mesmo o telefone que me acordou algumas horas depois que consegui chegar à concentração necessária para conseguir dormir sem alguns litros de vinho no cérebro. O grilo monotônico não me deixava saber de antemão quem estaria ligando, já que esse serve para todo e qualquer reles mortal que telefone, até mesmo quando é engano.

Para minha grande surpresa fui compreender, momentos depois, que se tratava do Examigo. Acho que as conexões eletrônicas do aparelho compreenderam que o quaquaraquaquá não mais se adaptava àquela nova relação, e repetiu as notas esquisitas destinadas aos Joões Ninguém.

A conversa foi estranha, o telefone passava de mão em mão e várias vozes, masculinas, femininas e afeminadas gritavam, competindo com o som do boteco: "você já é popular por aqui!", "quando vai aparecer?", queremos te conhecer!"...

Depois de quatro minutos, bastantes para me fazer fumar quase um cigarro e perder novamente o sono, o telefonema se esgotou. Nas últimas tragadas que me sobraram, refleti em que fato poderia ter levado o Examigo a pedir encarecidamente para aquelas pessoas tão felizes para conversarem com uma menina carente e alcóolatra, com vistas a fazê-la se sentir importante, nem que por quatro minutos. Ele mesmo não se importaria, não fosse as cachaças já plenamente degustadas naquela noite.

Não cheguei a nenhuma conclusão, exceto a de que, por mais estranha que tenha sido a intenção do Examigo, era eu quem ainda mantinha o celular ligado durante toda a noite.

***

E existem coisas que nasceram para infundir lembranças mas falharam categoricamente. O excesso de objetos deixados em minha casa pelo Examor não me remetem à nenhuma ternura, a não ser, talvez, a agonia de saber que um dia terei que devolver caixa térmica tão útil. Nesses dias estranhos, sinto que não sinto falta de ninguém. Talvez a única coisa que ainda me apoquente vez ou outra seja a falta de sexo. Dessa vez, tenho que discordar de tão renomada cantora e dizer que "Dedos" não completam a obra inteira de uma mulher. Mas, por mais que a Malamada tenha deixado uma vaguinha no universo para que outra pessoa pudesse ter a vez de sexuar, sinto que o Tarado sentiu o cheiro do cantinho arreganhado no bucho do céu e, com os molares da frente, agarrou a oportunidade, incumbindo-se da missão. Ele merece!

***

Ao contrário de vocês, homens, eu sou uma mulher. E cada vez mais sinto que me alimento com características alheias, ao afirmar que estou me tornando uma tarada-malamada-filósofa-que-ainda!!!-não-sabe-o-que-continuar-fazendo-em-Vitória.

***

Aviso aos navegantes: um concurso de frases da Tv Gazeta vai me levar para conhecer o Projac. Que divertido!

terça-feira, agosto 29, 2006

Acontecimentos Proféticos

Diminuí a velocidade dos passos e acendi mais um cigarro. Enquanto procurava o isqueiro, cheguei perto do fim do corredor e parei. Desisti do cigarro quando a vi sentada em uma mesa. Estava lá pensando em como seria bom agarrar alguém. Apenas por agarrar. Coisas assim. De tarado. É, tudo bem. Sei. Sou um tarado, e aí? Ah, não era pra dizer isso? Sei lá. Todo mundo já sabe. Ela tomava champagne em uma taça de cristal como uma Scarlet O'Hara de tempos neoliberais. Fumamos junto sem nem nos conhecer. Ela sorria com um ar sacana. Não me lembro de maiores detalhes. Só sei que nesta noite dormi em uma cama com lençóis verdes. Esses sim, me esperavam feito louco espera sedativo.

Comentário de relevância duvidosa: Scarlet O'Hara não era um ser especialmente fantástico. Nem eu.


E assim, vamos juntando os cacos das nossas histórias fragmentadas para montar ludicamente o quebra-cabeça das nossas incompletas identidades.

Marcus Haas

segunda-feira, agosto 28, 2006

seres fantásticos

depois que me tornei a solteirona mal-amada desse grupo de pessoas e que, ainda por cima, entrei numa fase gorda da minha existência, aquela depressãozinha de domingo tem se tornado uma verdadeira crise. não importa se o sábado foi maravilhoso, cheio de risadas, amigos queridos, vinho bom e comida gostosa. acordar no domingo é acordar já meio "down" e imaginando que tudo vai ladeira abaixo.

pra tentar combater a sensação, tenho tentado técnicas como sair às compras, ir à praia, apertar milazinha linda, dormir a melhor soneca depois do almoço, etc. a verdade é que tudo isso culmina, invariavelmente, no boteco, onde a cerveja e a conversa jogada nem tão fora assim dão o arremate final e preparam o espírito pra encarar a segunda-feira. e tudo estava caminhando pra isso mesmo ontem à noite. até que aconteceu uma coisa especial.

ontem, três pessoas desse blog que estavam na rua da lama de fato puderam testemunhar a existência de um ser fantástico. vindo diretamente da dimensão dos filmes pornográficos para o cochicho da penha, o ser, sua musculatura hiperdesenvolvida e seu macacão camuflado (estilo falcon/ comandos em ação) causaram um misto de furor, desconcerto, estupefação, deslumbramento e até revolta (quem não se revoltaria com um macacão que, como não bastasse ser macacão, parecia ter saído do guarda-roupa do rambo!?!?!!?!?).

pois bem, o ser desceu de um ecosport onde havia uma senhora com quem, só pudemos imaginar, ele estava gravando alguma cena de um de seus filmes - a maneira como o cara se ajeitou quando desceu do carro (que deve ser o portal dimensional pro estúdio de gravação) foi bastante reveladora. tanto que deixou três amigas, que normalmente falam pelos cotovelos, mudas. aliás, mudas ficamos quando ele e sua co-star sentaram na mesa ao lado. foram uns 20 minutos de silêncio, interrompidos por alguns cochichos e risadinhas a lá quarta série. e, graças ao fato de que uma das coleguinhas foi preguiçosa o suficiente pra não ler o manual do celular e aprender a usar a câmera, não temos nenhuma foto desse momento histórico para a humanidade, em que pudemos observar a curta distância dois seres fantásticos interagindo.

quando eles voltaram ao portal da dimensão dos filmes pornôs (ou seja, o ecosport) e desapareceram na noite, pensamos que nossa chance tinha passado para sempre. mas eis que o portal volta ao cochicho da penha e salta, novamente, o ser fantástico vestindo o fantástico macacão que ele precisou, novamente, ajeitar de modo desconcertante. só que foi uma passagem muito breve pra pegar um isqueiro emprestado - os alienígenas tb fumam - e, mais uma vez, não conseguimos fazer a câmera do celular funcionar (a gente é muito tapada tb, né meninas?).

então, atividade pra quem estiver deprimido como eu no próximo domingo: vamos pra lama ver disco voador descer.

sábado, agosto 26, 2006

Pérolas II

Quando eu chegava à aula, a mulher instruía os pobres calouros nos diferentes formatos de textos burocráticos. "Venho, através desta, solicitar a Vossa Eminência..." e outras coisas estapafúrdias e cafoníssimas que não são utilizadas desde o século XIII. Perguntei-me: "que diabos estou fazendo aqui?" da mesmíssima forma que já me perguntei tantas vezes durante o sexo oral (recebendo ou oferecendo, tanto faz).

Até que a distinta anta mostrou diferentes textos. A nossa tarefa era classificá-los entre resenha, crítica, contra-capa (?), orelha (???) e outras categorias vomitadas por sua mente inventiva. Em um desses textos, os calouros soltaram um forte "CRÍTICA!!!" enquanto eu falava baixinho "resenha..." A professora disse para mim: "ÉéÉ. Eu já vou chegar lá." Meio sem-graça por saber que, por mais estranho que isso pareça, eu era a certa no meio de trinta pessoas erradas, perguntei:
-Qual a diferença, fêssora?
-O meio de comunicação no qual ele é veiculado.

Depois de me recuperar do enfarto fulminante, voltei a assistir à aula. Numa transparência, um texto de uma coluna intitulada "Nossas sugestões" falava algo desse tipo:

"Real e Fantástico
Patati patatá... O autor se alimenta do contexto da guerra ... patati patatá... para criar seres fantásticos. Apesar disso, ele continua a desenvolver seu livro baseado na realidade, com muita precisão..." (só até qui interessa).

O texto era bem curto e, por isso, a fêssora disse:
-Esse texto não está muito curto para ser uma resenha?
Calouros: ESTÁÁÁÁÁÁ!!!
Eu: Também é muito curto para ser uma crítica.
Fêssora: É, é mais para um resumo. Mas a outra turma me convenceu de que pode ser tomado como uma crítica também.
Eu: Vamos lá. Convença-me. (Enfu!)
Fêssora: Veja bem. A pessoa que escreveu o texto empregou palavras que carregam uma conotação positiva. PORQUE AS CRÍTICAS TAMBÉM PODEM SER POSITIVAS! Lá em cima já está escrito "Nossas sugestões". Ora, porque eles sugeririam algo que não fosse bom?
Eu: Mas professora, o texto em si não traz nenhum juízo de valor, isso não é nunca uma crítica.
Fêssora: Ah, mas eu estou percebendo o contexto INTEIRO! Você deixou passar uma coisa que define esse texto como uma crítica! O cara que escreveu disse que o autor inventou seres FANTÁSTICOS! Isso não é juízo de valor?
Eu: ...
.

sexta-feira, agosto 25, 2006

A unicidade da órbita de plutão como fator de equilíbrio

Bombástico! A União Astronômica Internacional excluiu, nesta última quinta-feira, Plutão como um planeta do Sistema Solar. A decisão foi votada no plenário da 26ª Assembléia Geral da entidade, realizada em Praga. Mas o que estou até agora me perguntando é: qual o impacto dessa decisão controversa e arbitrária na Astrologia?? Com o Sistema Solar passando ter oito planetas em vez de nove, é bastante provável que todas estas mudanças exerçam alguma influência sobre os signos do zodíaco. Imagino que as pessoas do signo de escorpião sejam as maiores prejudicadas ao passarem a ser regidos por um mero asteróide, sem nenhum status ou prestígio social.

Segundo fontes confiáveis, os efeitos de Plutão nos escorpianos manifestam-se em súbitas explosões de forças que acumularam potência durante um longo tempo. No corpo físico, Plutão é ligado aos órgãos reprodutores e ao ânus.

Ou seja: Tomaram no cú!

quinta-feira, agosto 24, 2006

Porra Lola, corra!

Um dia nublado. Frio. Um detalhe pequeno pra quem não se interessa pelo tema. Correria, correria. Um leve suspiro (quase desesperado). Não resistindo, para o carro no primeiro posto de gasolina avistado. Ainda com alguma discrição, anda a passos largos em direção ao banheiro. Foi quando baixou as calças e aliviou-se de todo aquele desconforto, das frágeis e ridículas certezas e vaidades humanas. Fez força (mas com a suavidade dos frágeis) e defecou ali mesmo. Enquanto se concentrava tentava recapitular as cenas mais bregas do cinema nos últimos tempos. Pensamentos invasivos. Teve também boas idéias para o último capítulo da sua tese de mestrado. Ao se levantar da porcelana, lançou um olhar de admiração e concluiu: se existe algo que mereça a alcunha de obra-prima...

Estereótipos e teorias magmáticas

E a carapuça serviu! Engraçadamente, o Tarado e a Malamada postaram coisas ainda mais interessantes! O sexo em linguagem laranjo-mecanicista é um grande salto para a imaginação erótica! O fim dos relacionamentos que não dão certo é, de fato, algo enternecedor. (Conte comigo para ser seu divã).

Ironicamente, apenas o que se manteve em seu casulo involacrado de Pessoa Superior foi exatamente o filósofo-que-ainda!!!-não-sabe-o-que-faz-em-Brasília, agora apenas chamado pela alcunha de Examigo. Tal pessoa ainda não entrou no campo das idéias, no qual ele mesmo previu que eu entraria e, numa expressão chula e corriqueira, só conseguiu defender-se dizendo que eu preciso de sexo. Pois bem, Examigo, utilizo esse espaço para tecer um comentário apesar de não ser esse espaço o destinado para tal fim neste boteco: eu não preciso de sexo. Ainda vendem-se jarras de vinho tinto seco a R$ 9,00 no Cochicho da Penha.

Se me permitem, falarei ainda sobre a conclusão teórica a que cheguei. Essa diz que o mundo dá a seus hóspedes uma quantidade limitada de sexo por período, caso contrário seus materiais magmáticos ejaculariam em ebulição para fora de suas entranhas, e todos morreríamos na hora do gozo final. Dessa forma, eu não farei sexo até que outra pessoa deixe de fazê-lo. Sinto dizer que tenha a mesma intuição sobre a sua delicada situação, Tarado.

Sendo assim, Examigo, continue você a sexuar divinamente embalado na cantiga doce da paixão distante, o que faz o ato parecer ainda mais uma conjunção cósmica. Carpe diem enquanto dura, fico feliz por você.

Mas agora eu quero falar de flores. As experiências como caloura são cada vez melhores! Na quinta aula de Estudos Literários, o digníssimo professor nos forneceu um poema que retirou de um cântico do candomblé. Depois de falar em linguagem onomatopaica durante alguns minutos, algo do tipo óoauêaíó, ele completa: Beleza preta no ventre do vento. Lindo, não?

Isso é só para relaxar. Com vocês, mais umas "Pérolas dos Calouros", agora simplesmente intitulada "Pérolas", já que os textos a seguir foram proferidos pelo professor de Sintaxe, que conegue ser ainda melhor que os próprios calouros.

"Será que o Djavan pensou se a palavra oceano é escrita com letra maiúscula ou minúscula, quando fez o verso Você deságua em mim eu oceano?"

"Fonologia é um sistema mental que acontece dentro da nossa mente."

"Regras normativas são as regras que vão normatizar o português-padrão."

Até a próxima!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Perdendo seu virginity

(ou a brilhante tradução automática de um conto erótico pelo Google Translator)

Um brilhante dia do verão, eu estava em um partido na casa de um amigo e fui atraído imediatamente a este guy cute, longo-haired que se estava sentando por himself em um sofá. Eu ultrapassei e comecei falar-lhe, e dentro dos momentos pude dizer que estava interessado em mim, demasiado. Nós gastamos o descanso da noite junto, e dentro dos dias nós transformamo-nos uns pares. Eu tinha tido nunca um boyfriend muito sério antes, e tinha tido nunca um girlfriend sério. Nós éramos ambo o muito inesperientes sexualmente, mas éramos novos e horny, e falando sobre ele, um par das semanas mais tarde, nós começamos alguns condoms e planejamos para fora uma noite em que seus pais não fossem casa.

Nós éramos ambo o nervosos, mas excitado, porque escureceu as luzes e nós removemos nossa roupa. Nós começamos fora realmente em uma maneira do divertimento… com syrup de algum Hershey! Primeiramente, eu gotejei algum dele em sua torneira, e licked lentamente o fora. Eu poderia senti-lo começar duramente em minha boca, e aquela fêz-me imediatamente molhado. Eu massaged suas esferas como eu o suguei até que estêve limpo. Então eu gotejei pouco mais nele, e licked acima em uma linha reta, de suas esferas até a cabeça de sua torneira dura. Porque eu twirled minha lingüeta em torno de sua cabeça, eu olhei acima e ele e sorri. Empurrou-me fora dele e eu repus na cama. A coisa que seguinte eu senti era um tingle frio porque cobriu meu bichano com o syrup. Sentiu surpreendente. Mergulhou para a direita dentro e licked meu bichano em um frenzy. Eu espalhei meus bordos distante com meus dedos, e quando eu senti uma lingüeta morna, molhada em meu clit para a primeira vez, eu gritei para fora no ecstasy… que sentiu assim surpreendente. Sua cara foi coberta no syrup, mas não se importou. Eu moaned com prazer, enquanto eu arched de encontro a sua cara, e friccionei meus melharucos porque eu poderia sentir o sangue se apressar a meu cunt drenched.

o fim

terminei com meu psicólogo ontem. ele tentou me fazer sentir incapaz. me senti incapaz por uns 5 minutos. depois passou.

foi o melhor término da minha vida.

terça-feira, agosto 22, 2006

Eu não vou falar de sexo

(ou daquela sede que água ou vinho nenhum pode saciar)

Não era de sexo que eu queria falar hoje. Não mais entre lençóis impessoalmente brancos, de cortinas fechadas, embalado pelo zumbido frio do ar-condicionado. Também não queria falar sobre a falta de sexo que assola a humanidade, principalmente a falta de sexo bom - aquele recomendado pelo Ministério da Saúde e com selo de qualidade garantida pelo INMETRO. Nem vou falar sobre psicanálise - para não correr o risco de esbarrar nas obras de Freud. Vou evitar todo aquele amontoado de situações em rastros esquecidos de dias loucos, que sempre remetem à luxúria. Pequenas bobagens. Sutilezas, na verdade, como convém. Então silencio. Porque não era de sexo que eu queria falar hoje.

Eu não vou falar de amor

Ouvi falarem que ainda não sei o que estou fazendo em Brasília. Vou fazer comentários apropriados no meu blog brasiliense. Aqui, queremos saber é de aventuras sexuais, botecos e talvez uma arriscada por uma ou outra trilha incidental.

Por analogia às tais trilhas, vou fazer uma sessão de dicas de filmes.

Para começar, sem me prolongar muito - até mesmo porque ainda não vi o filme, o que é ridículo - aconselho "A Mi Madre Le Gustan las Mujeres": comédia de conteúdo obviamente homossexual, já que esse assunto continua no topo da moda na maioria dos botecos do mundo.

Alguém me sugere algo?

segunda-feira, agosto 21, 2006

Sexo, álcool, filosofia e dor de cotovelo

Não preciso mais ver o nome de quem postou algo novo no boteco. Só pelo tema da escrita, eu já vejo de cara se o texto é do tarado, do filósofo-que-não-sabe-ainda!-o-que-faz-em-Brasília, da mal-amada-com-dor-de-cotovelo, e aposto que todos reconhecem o estilo da alcóolatra-desequilibrada-que-só-fala-palavrão. Puta-que-o-pariu! Anakin estava certo.

domingo, agosto 20, 2006

sra. volante ou outra versão (mais sóbria) dos fatos

por mais que meu estilo de dirigir seja assim, digamos... hum... "nervosinho", eu ainda não estou disposta a tentar suicídio (e homicídio) pra chegar em casa 3 minutos mais cedo. dirigir é uma atividade que tem me deixado cada vez mais estressada e cada vez mais desiludida com a raça humana. esses dias quase fui assassinada no trânsito por um imbecil que quase conseguiu se matar também. tive vontade de descer do carro e bater nele. isso tudo no auge do meu mau humor de solteirona mal amada que já ficou pra tia pela segunda vez (o que é a única parte boa, na verdade) e que havia sido ignorada por horas (!) naquela merda de lugar barulhento que faz encadernação em capa dura (thank you, júlio martins!).

pois bem, depois de uma tarde que fez o mundo parecer que não valia a pena, encontro com as budistas! aliás, elas só eram um casal de lésbicas que queriam me pegar na cabeça de s. - uma cabeça muito doida naquele momento, diga-se de passagem. que pessoas simpáticas!

budistas ou não, elas deram o equilíbrio do mundo ali na hora pra mim, o equilíbrio entre os imbecis e as pessoas que fazem questão de serem agradáveis. e, ainda por cima, ensinaram uma grande lição: O IMPORTANTE É DAR!

sábado, agosto 19, 2006

Mais Uma Versão dos Fatos

(ou Do Marxismo ao Budismo e tudo o que está no meio)

Talvez o período áureo das memoráveis festas na UFES tenha mesmo passado. Ou talvez eu também esteja ficando velho para aturar os comunistas do Movimento-Estudantil-Popular-Revolucionário. Apesar da diversão garantida com as Folinhas Doces tocando e por algumas horas de agradáveis conversas, é bem verdade que eu cochilava de vez em quando.

E, entre um cochilo e outro, coisas bizarras não paravam de acontecer. Minhas melhores lembranças são as de um casal de lésbicas caridosas distribuindo cigarros enquanto tentavam abandonar o carma e os impulsos não virtuosos dos seres humanos. Algo como dizer que apenas por se dizer budista uma pessoa estaria iluminada. Mas aí aparece o próprio buda de pernas cruzadas e me ajuda a reduzir aqueles pensamentos inúteis.

Talvez o mundo esteja enlouquecendo. Ou talvez eu esteja andando muito louco pelo mundo..., mas é porque as coisas são dessa forma que os psiquiatras são cada vez mais necessários.

Êta, cinismo!

Famos falar então sobre subterfúgios físicos para compensarmos nossas vidas completamente insalubres.

Logo que cheguei a Brasília, entrei numa onda muito louca de que iria viver uma vida completamente saudável, longe do cigarro, da bebida e dos homens. Ia comer soja, tomar sucos de tamarindo. E ia caminhar toda a Asa Norte todo dia, com filtro solar e com o sol batendo na cara, com o cabelo voando aos ventos do Cerrado e etcétera.

Posso dizer que meus planos pelo menos enganaram meu corpo um pouco, e hoje estou tenho os doze quilos que faltavam em mim desde meus oito anos de idade. Também não fumo mais (e acreditem: virei um daqueles caras chatos que vira a cara para fugir da fumaça dos outros).

Parar de comer carne, nem pensar! É lógico que também conto aquelas mentirinhas pra mim mesmo e como soja até por dois dias seguidos, e depois volto a comer picanha, moqueca bahiana com dendê, acarajé e até gordura trans. Também tomo coca-cola duas quatro vezes por semana - a normal, porque a light tem aspartame, e dizem que isso faz muito mal.

Dos homens e da bebida não consegui fugir, por mais que caminhasse e tentasse passar "só mais um dia sem". Então o melhor foi juntar as duas coisas e arrumar um homem que goste de beber. Ótimo!

Também faz duas semanas que não ando mais do que cem metros por dia. Isso tudo por causa da Nete, aquele ser tão pequeno, onde cabe tanto álcool. Mas a vida de abstinência que levei por uns dois meses logo que cheguei a Brasília me causaram um sério efeito colateral: hoje acordo às oito. Todos os dias. E não há Cristo que me faça dormir de novo.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Uma Versão dos Fatos

(ou A Reputação Como Verdade Crítica)

- Fudeu! A camisinha Estourou!!!
- O quê?
- A Camisinha estourou! Você toma pílula?
- Faz um tempo que não...
- Então fudeu mesmo!
- Mas você estava comendo o meu cú...
- Ahh! É verdade...! (e suspira aliviado)

insubordinada

enquanto nosso amigo s. era chamado de subversivo pela família, na minha casa eu sempre fui insubordinada. e arrogante (o que talvez fosse a origem a tanta insubordinação).

hoje é sexta e acho que a vida amanheceu meio diferente. sei que s. provavelmente está cada vez mais próximo de resolver o problema da seca (não a nordestina), se é que já não resolveu ontem mesmo. e sei que depois de me empurrar pro rock de ontem tô me sentindo um pouco mais gente. um pouco menos freira (não que freira não seja gente, gente! freira só é gente muito diferente de mim, por motivos óbvios). é possível que eu até vá pro rock de hj - treinar a cara arrogante de "eu sou gostosa demais pra vc" ao invés da habitual "eu sou problemática demais pra vc" (que também não deixa de ser arrogante).

hoje também ficou claro que o prazo de validade de um certo grupo de sentimentos começa a se aproximar lenta e dolorosamente no calendário. e que isso não quer dizer muita coisa a essa altura do campeonato. só que estou desapontada. aliás, bem decepcionada com aquele-que-não-pode-ser-nomeado, tanto que aceitei prontamente retirar o nome dele desse boteco. já nem parece que ele tem nome mais. tinha esperanças de que ele me surpreendesse e recuperasse todos aqueles pontos que tinha no meu conceito de alguma forma. tinha não, tenho.

esperanças...

h. também quero cardio training. tô me sentindo uma gorda ridícula. e insubordinada.

Calouro se fode até em academia

Diferentemente de Elke Maravilha, faz tempo que não me admiro nua na frente de espelhos há muito tempo. Na verdade, eu evito esses seres sinceros que não conseguem ser eufemistas nem quando estamos de ressaca. E é por isso mesmo que, há quase duas semanas, eu troquei quinze cervejas geladíssimas por uma mensalidade em uma academia porca que fica em cima de uma padaria - onde, aliás, a lata custa R$2,20.

Já fui lá três vezes. E posso dizer que emagreci. FOI A BALANÇA QUEM DISSE, eu não estou inventando nada. Mas ainda não me acostumei às aulas de 7h da manhã. Por isso, hoje fui às oito.

O horário dizia que a aula era de "cárdio trainning". Já havia lido isso uma vez e, lucidamente, evitei tal tipo de lição. Mas hoje eu fui. Por pura curiosidade e, também - não vou negar - porque lembrei de todo o conteúdo das long necks que, ontem, deixei escorregar deliciosamente garganta abaixo.

Chegando lá, as pessoas estavam indo embora. Só restava uma senhora que guaradava seus muitos pertences em uma bolsinha própria para academias - até isso já inventaram!
Como boa caloura de academia, perguntei bem baixinho à senhora:
-Você sabe se haverá a aula de "cárdio trainning"?
-O QUÊÊÊÊ?
-A aula de "cárdio trainning", sabe se tem agora?
-O QUÊÊÊÊ?
-"Cár-di-o-tre-i-nin-gui"
-O QUÊÊÊÊ?
-A AULA DE CÁRDIO TRAINNING!!!!

Sim, amigos. Para o meu desespero, agora não mais a distinta senhora, e sim a VELHA, era surda.
-NÃO, ACHO QUE NÃO TEM AULA AGORA NÃÃÃÃÃOOO.
-Muuuuito obrigada.
Sentei numa bicicleta caindo aos pedaços e me prometi ficar em cima dela por, no mínimo, meia hora. E quando deu pontualmente meia hora, eu saí de cima dela.

Ainda não foi hoje que consegui treinar meu coração.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Pseudo-roteiro pós-moderno

(ou a difícil arte dos encontros)

Cena 1:
Um homem coloca sobre a mesa uma garrafa de vinho e duas taças. Depois, abre a gaveta de talheres e procura o abridor de vinhos. Corte para o mesmo homem de costas ajeitando o cabelo - agora com um cigarro, ainda apagado entre os dedos. Corte para o cigarro sendo acesso.

Cena 2:
Uma mão com unas vermelhas abre a torneira do chuveiro. Som de chuveiro elétrico enquanto uma mulher se banha. Corte para a mesma mulher saindo do banheiro nua. Ela para em frente ao espelho e se admira. Corte para a mesma mulher se vestindo. Após se vestir, ela para em frente ao espelho e novamente se admira. Corte para a mulher saindo do apartamento. Após fechar a porta ela volta para buscar a bolsa que havia esquecido.

Cena 3:
Ao fundo ouve-se uma música Psy-Groove-Caribenha. A mulher está agora sentada no banco traseiro de um táxi antigo. Close para o toca-fitas do táxi que mais parece uma jukebox. Corte para a mulher que, sem se importar com a presença do motorista, aspira uma carreira de cocaína narina acima. A mulher passa as mãos sobre sua roupa e tenta arrumar o cabelo se olhando pelo retrovisor do motorista. Corte para a imagem refletida da mulher no retrovisor.

Cena 4:
O homem está sentado de frente para a mesa. Imóvel, tem seu olhar voltado para o infinito. A imagem fica um pouco embaçada. A campainha toca estridente: Têêêêêê. Ele se assusta. Apressa-se em direção a porta. Arruma o cabelo novamente. Abre a porta. Entra a Elke Maravilha. Era um telegrama animado. Sacanegem, não?

Créditos.

Fim.

Eu amava as quintas-feiras

Eu adorava a quinta-feira. Gostava muito mesmo. Toda quinta-feira eu saía de casa pronto pra passar de oito a dez horas na rua da Lama ou em outras ruas (inclusive foi aí que descobri que existem ruas desertas onde é possível ficar horas se pegando dentro do carro, num tempo em que sequestros relâmpagos só aconteciam com os outros. Não que eu ficasse só nas ruas desertas e na rua da lama; eu também rodava por ruas de verdade, volta e meia.).

Pois bem...

Não gosto mais da quintas-feira. Quer dizer, gosto, porque ainda é legaizinha, em geral, quando estamos de bom humor, ela e eu. Mas depois que a gente começa a sair na terça, a quarta é consequência e na quinta eu já estou com uma dor de cabeça tão grande que já começo a existir pelas metades e traio nosso relacionamento de anos. Se bobear, acabo estragando também a sexta, e nos sábados não costuma acontecer nada de legal no mundo desde os idos de 1991. E domingo a gente faz o que? Caminha pelo eixão, já que não existe praia, pra fingir que andar 2o km uma vez por semana vai compensar viver na boemia e acordar tarde nos outros seis dias.

Eu e as quintas-feiras, então, andamos nos estranhando um pouco e não estamos nos falando direito. Por isso ando falando mal dela pros outros.

Dúvida Epistemológica

Por que cueca não se chama paueca?
Alguém aí faz alguma idéia??

quarta-feira, agosto 16, 2006

Pérolas dos Calouros I

Ser calouro é uma experiência única. Calouros são aqueles seres capazes de repetir algo que você acabou de dizer só para que você concorde com o ponto de vista dele.
Para a alegria de todos, postarei freqüentemente as "Pérolas dos Calouros" para que todos compartilhem do jardim-de-infância que estou vivendo. Vão algumas:

...os irmãos gêmeos, que eram dois (!)
... então, os gêmeos, filhos do mesmo pai (!!!)
...quando a gente registra "escritamente" (!!!!!!!!!!!!!)

Sem falar na professora Telettubie. Não importa o contexto nem o conteúdo do que você fale, ela sempre vai pedir:

-Pode repetir? Me perdi no raciocínio.

E também existem situações inteiras que merecem ser postadas. Vai uma:

Ontem foi ótimo! Foi só eu começar a trabalhar que esqueci de fato a tristeza. Mas os calouros perguntavam de diversas formas por quê eu estava "daquele jeito".
-Por quê você está calada?
-Você está mais serena...
-Por quê vc tá triste?
Porque terminei meu namoro.
-Não fica assim, ele não te merece!
Não é isso, eu não mereço ele também.
-AH, TÁÁÁÁÁ....
Não, não eu não o traí.
-Deixa eu te dar um abraaaaaaaço....
E lá vêm aqueles braços gordos a me apertarem!
(Esse diálogo aconteceu com uma caloura que tira xerox para todo mundo por puro altruísmo. Mal sabe ela que uma das minhas frases diz que, quando quero um abraço, eu peço. Até para as borboletas.

Vai tomar no cu

O mané veio dizer que eu era metida. Disse ele, a respeito de alguns dias atrás:
-Eu cheguei na lama e perguntei: "Será que a gente não se conhce de algum lugar?" Ela respondeu: "Você é da minha turma de Letras", e virou a cara, acendendo um cigarro, depois de mandar um sorrisinho sarcástico.
Respondi:
-Ah, vai tomar no cu! O que você queria que eu tivesse feito?
*As pessoas continuam com a impressão de que eu sou metida. Mas eu sei mudar o meu perfil em poucas palavras. E passo a ser simplesmente grossa.

Tempos Modernos

Maria Ângela era uma esposa dedicada. O que ela mais gostava de fazer era cuidar da roupa de Celsinho. Era a maneira que encontrou de mostrar todo o seu amor pelo marido. Não havia camisa que não ficasse branquíssima depois de passar pelas mãos apaixonadas de Maria Ângela. Celsinho, agradecido (embora pouco sensível à alma feminina), deu-lhe de presente uma máquina de lavar. Maria Ângela chorou. Celsinho pensou que fosse de felicidade. Não era. E as camisas de Celsinho hoje estão com um tom triste e amarelado. Outro que se fudeu.

terça-feira, agosto 15, 2006

Iemanjá

Então acabei de chegar de uma festa de Iemanjá, que em Brasília eles acham que é Nossa Senhora da Glória. E ponto. Ponto mesmo!

Acho que estou ficando velho e tem coisas que estão ficando monótonas demais. Não é nem que não tenho paciência - seria ótimo ficar emburrado, ironizante, ácido -, mas não tenho idade mesmo! Quer dizer, ponto. (ponto).

Mas foi bom que fiquei duas horas sentado pensando no friozinho que está fazendo e que tenho que passar roupas amanhã de manhã, lavar e trocar o óleo do carro na quinta, fazer faxina na sexta e ir pro Extra fazer compras depois da meia noite, ou seja, no sábado. Lembrei também que tenho que comprar gilettes, papel higiênico, um rodo, ovos e leite. E não, isso não me veio à lembrança por causa de nenhuma associação com qualquer entidade. Nem saiu nos búzios. Reticências infinitas, aqui... (seria o momento que o texto talvez esboçasse um suspiro leve)

Também não estou achando chato demais ficar velho, fazer coisas domésticas e trabalhar pra me sustentar sozinho. E não tem nenhum glamour superhiper sex and the city em fazer compras em supermercado vinte e quatro horas. Ponto. E ponto.

Ponto. Quem tiver alguma dúvida me pergunte. Não tenho muito o que falar hoje.

Boca seca, cabeça vazia, corpo livre.

Vontade vaga de ter você ao alcance da mão ou quem sabe de um sussurro. De todas as maneiras, por todos os poros, gritando, gemendo ou arfando em silêncio, de costas arqueadas, deitada, espalmada na parede, até que o último fio de desejo seja tocado, atiçado, esgotado. Até desmaiar de gozo, suor, risada. E tudo de novo, tesão, calor. Urgência à exaustão. E eu entregue à pele quente. Fogo, olhos escuros e famintos. Físico e atordoante como soco na boca do estômago.

Eu, nesses dias, estou em brasa.

segunda-feira, agosto 14, 2006

torta na cara

depois do dia em que o joão enfiou a mão na minha cara (como foi bom revidar! obrigada joão!), volta e meia me bate a sensação de que a vida está a enfiar tortas no meu focinho e, em algumas ocasiões, também a esfregá-las pra ficar tudo uma meleca só. afinal, já tá tudo uma meleca só de qualquer jeito. o curioso é que, por mais desagradável que possa parecer, a cada dia eu fico mais tranquila com isso. uma torta espalhada pela cara é sempre um misto de surpresa, humilhação pública e confusão com algumas boas risadas. e a vida acaba passando de dramalhão a pastelão e eu começo a ver minhas próprias trapalhadas e pequenas tragédias com um pouquinho mais de ânimo pra limpar a cara e me preparar pra próxima.

, eu te amo.
(pode jogar a torta agora!!!!!!!!!!) (já foi)

Urgências



Naquele sonho, as cenas já vieram cortadas. Billie Holiday fazia a trilha sonora enquanto a saia de menina girava, inflada de possibilidades. Palavras íntimas mais cedo, a boca conhecida e a marca dos dedos na pele clara. Vontade. Os olhos traziam faísca e boca e mão e pele e... Frio foi tudo o que não fez ali. Os lençóis suados traziam alguma certeza secreta. E ainda na pele há o visgo e o perfume.

Saudade, ele diz. Sorriso.

sábado, agosto 12, 2006

O Marujo

Existem vários bares em Brasília, mas uma Rua da Lama está bem desencontrada do Plano Piloto. Então as pessoas sentam mesmo é nas esquinas que se fingem não existir, onde plantam coqueiros em vasos e onde jogam brita no chão embaixo das mesas fingir que não estão ocupando terreno irregular do DF.

E foi no Marujo que sentei nessa sexta, e bem abaixo de uma enorme mangueira com quase nenhuma folha. Sentei entre quase-capixabas para ouvir estórias de Porto Seguro, de Castor de Andrade e de sua amante Neiva.

Impressionante como conversa de bar é igual até no Centro-Oeste. É uma terapia do se contar aos outros, e uma batalha pela atenção da mesa em seus problemas, em sua (es)(his)tória e em suas soluções.

Mas colecionei fatos, imagens e casos. Quem sabe (?) não incorporo em uma outra mesa de outro bar, ou em uma narrativa de um dia desses.

sexta-feira, agosto 11, 2006

How Soon is Now?

Alguma música tocando. Dançando ele esquece de beber e de fumar. E é dançando que ele encontra a garota mais linda daquele pulgueiro. Claro que teve que mijar no meio do caminho. Ao voltar, chegou de leve. E teve vontade de , de, de nem sabe o quê. Pra deixar de ser tão burro, digo tímido, digo burro de tão tímido. Por que não nasceu só burro, em vez de morrer de vergonha de dizer que ela tinha a boca mais deliciosa do mundo?

- Antes de acender esse cigarro, posso te dar um beijo?

Pensou, mas não disse. Anta!

Dois dias depois, volta ao mesmo pulgueiro. Tudo o que quer é encontrá-la. E dança a música dos Smiths sozinho. Se fudeu!

E sejam abertos os trabalhos!

Cerqueira, traz uma cerveja e três copos!

O destino na mesa ao lado, outra vez!

Este será o espaço do não-caminhar, onde as lembranças são sempre construídas e as palavras são sempre as mesmas. Os assuntos não passarão de banalidades cotidianas que rolam na vida de quase todo mundo, só que geralmente em off. Memórias que não guardam ondas nem sol. Bobagens. Sacanagens. Devaneios.

quinta-feira, agosto 10, 2006

iniciada a sessão

declaro aberto o boteco!